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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Coelba encontra quase 100 mil "gatos" e perde mais de R$ 450 milhões na Bahia




A Coelba teve uma perda de R$ 455 milhões em 2012 com a ligações de energia clandestinas em toda a Bahia, conhecidas popularmente como “gatos”. Em todo o estado foram detectadas 98 mil irregularidades, sendo que na capital foram encontrados 31,5 mil gatos. No primeiro semestre deste ano, a empresa contabilizou 28,6 mil ligações clandestinas em toda a Bahia, desse total, 6,8 mil em Salvador. 
Que as ligações irregulares de energia não são um problema exclusivo das invasões e bairros periféricos, não é segredo. Segundo o órgão, em Salvador, a prática vem sendo realizada em todos os bairros e por todas as classes sociais.
Além de ser considerado crime estabelecido no artigo 155 do código penal, com pena prevista de um a oito anos de prisão, o “gato de energia” é uma prática perigosa. As pessoas que praticam a irregularidade também correm sério risco de morte ao tocar na rede elétrica porque estão sujeitas a sofrer choque elétrico, além de provocar curto-circuito, ocasionado incêndios e explosões. 
Para coibir esse tipo de crime, o órgão vem realizando operação especial em toda a Bahia com o objetivo de minimizar as ligações irregulares e conscientizar a população sobre os riscos e os prejuízos decorrentes do ato. O combate aos “gatos” também visa garantir a segurança do sistema elétrico, uma vez que, com as fraudes, muitos consumidores são prejudicados com a sobrecarga de energia, que interfere na qualidade do fornecimento.
Uma doméstica que preferiu não se identificar, falou sobre o arrependimento após realizar o “gato” em sua residência, no bairro da Mata Escura. Segundo ela, a porta de sua casa estava sem iluminação pública, foi então que resolveu praticar a irregularidade. Dias após, a irregularidade foi descoberto pela Coelba. “Por conta da ligação clandestina, além de ter a luz da minha casa cortada, fui obrigada a pagar uma multa de R$2.200. Não aconselho ninguém a praticar a ligação irregular. Muitas vezes, o barato sai caro”, completou. Ela disse ainda que por não ter condições de pagar o debito realizado em acordo com o órgão, seu nome foi parar no Serasa.

Para combater os “gatos”, a Coelba tem investido em campanhas educativas, com ampliação de equipes, operação de inspeção, blindagem de medidores e regularização das ligações clandestinas.
(Tribuna da Bahia)

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